sexta-feira, novembro 18, 2011

Eta decepção maravilhosa

Essa que vos escreve anda vendo as maravilhas do mundo. Alguma relação com essa época do ano - onde tudo é bonito e brilha - sob influencia dos pisca-piscas (em um plural meio defasado, assumo). O fato é que entre meus pretos e brancos existem tons de cinza que me deixam maravilhada. Dois lados de uma moeda. Metáforas que não acabam mais.

Assumo que levei muito na cara esse ano. Devo ter ganhado o prêmio de quem mais se ferrou (em um eufemismo claro) de 2011: parabéns à todos os envolvidos. Me decepcionei e surpreendi comigo todos os dias, me reinventei, pra depois me buscar. E, apesar de soar masoquista, gosto da sensação da decepção. Corrosiva, destrutiva e - finalmente - libertadora.

Não importa quantas vezes você se perdoe - ou perdoe alguém - você sempre vai se desapontar. Não sei quem inventou essa lei - se Darwin, Murphy, Shakespeare ou qualquer filósofo e/ou pensador: pessoa, você fez isso certo. Universo conspira e conspira mesmo. Não há escapatória.

Então decidi que me libertar de desilusões é tão batido quanto conversa de avó sobre aceitar balas de estranhos. Eu não gosto muito de lidar com a mesma coisa milhares de vezes. Impotência define. E, pessoalmente, impotência é uma merda. Decepção não mata: ensina a lidar. E aprender com os erros. E rezar pra não acontecer novamente. E sorrir e seguir em frente.

Ando precisando aprender mais com os meus erros. Me vê uma dose de decepção com três cubos de gelo, por favor?