sexta-feira, novembro 11, 2011

12:21

Nesse momento sua cabeça girava. O choro, o grito, o lamento, presos na garganta - O sorriso estampado na face, ou a face estampada em um sorriso? Já passava do meio-dia agora. Será que ninguém percebia os olhos perdidos, o corpo cansado? Passara tão desapercebida assim? Ninguém realmente se importa?

A noite longa, uma, duas, três doses. Amarga, doce, sem gosto, descendo queimando sua garganta, boca, faringe, esófago, e a certeza de que em algum momento ela se desviara para seu coração.

Quente, pastosa, dolorosa, e incrivelmente calmante. Entorpecente. Acompanhada de cigarros, de coisas que faziam sorrir. Sorrisos pré-fabricados, quando os genuínos já nem existem. Pois é. Uma pausa, outra pausa. Outra dose. Mais uma tristeza.

Até quando vai doer?